Os ambientes subterrâneos mostram-se místicos e complexos aos olhos desacostumados da interpretação de padrões estruturais tão desassociados das paisagens externas. Dessa forma torna-se fundamental representá-los e o mapa é um dos registros que melhor define determinada caverna.
Fonte da imagem: ICMBIO
Podemos considerar o croqui, juntamente com a descrição sumária, como itens indispensáveis ao registro básico de cada cavidade. O trabalho de mapeamento nos dará a possibilidade de conhecer, com bastante aproximação o desenvolvimento total da cavidade, bem como o seu desnível. Nos fornecerá elementos para a análise da sua gênese, de suas feições, e de suas tendências de desenvolvimento para auxílio das explorações futuras e das prospecções na região, bem como servirá de suporte para outras disciplinas a serem desenvolvidas dentro das cavidades, tais como a biologia, fotografia, hidrologia, paleontologia, etc.
Durante os dias 13 e 16 de março, foi realizado pelo Espeleo Grupo de Brasília (EGB) uma edição do curso de topografia tradicional. No curso, foi abordado o trabalho de confecção de mapas, ou seja, representações gráficas de cavernas baseadas em levantamentos instrumentais.
A ideia central deste curso é que os espeleólogos dominem as técnicas de instrumentação com diversos aparelhos tradicionais (não digitais) de topografia, tais como bussola, trena em pvc e clinômetro além dos aspectos do trabalho de finalização dos mapas como cálculos de projeção e correção de poligonais sem o apoio dos softwares e equipamentos digitais utilizados normalmente.
Para mais informações sobre a atividade de espeleotopografia, sobre os cursos ou sobre as atividades do grupo, envie uma mensagem para contato@egb.org.br
Texto: Fabiana Ganem e Edvard Magalhães